Espanha 5x4 França: O Jogo do Ano na UEFA Nations League 2025

Um Clássico de Alto Nível Técnico e Emocional

A semifinal entre Espanha e França, realizada no Mercedes-Benz Arena, foi mais do que uma simples partida: foi um verdadeiro espetáculo de futebol ofensivo, intensidade tática e talentos individuais em ascensão.

Desde o apito inicial, a seleção espanhola mostrou a que veio. Com um estilo de jogo baseado em posse de bola, pressão alta e movimentação intensa pelos flancos, o time comandado por Luis de la Fuente dominou as ações e construiu uma vantagem sólida ainda no primeiro tempo.

O destaque absoluto foi Lamine Yamal, joia do Barcelona, que marcou dois gols e participou ativamente das jogadas ofensivas, encantando torcedores e especialistas. Com apenas 17 anos, o atacante demonstrou uma maturidade tática surpreendente e provou que já é uma realidade no cenário internacional.

Primeiro Tempo Avassalador da Espanha

A Espanha abriu o placar com Nico Williams, após bela jogada de triangulação pelo lado esquerdo. Em seguida, Mikel Merino ampliou com um chute certeiro de fora da área. O terceiro gol veio em jogada individual de Yamal, que cortou a marcação e finalizou com categoria.

Ainda no primeiro tempo, Pedri fez o quarto gol da Fúria, aproveitando um rebote dentro da área. A França descontou com Randal Kolo Muani, mas Yamal voltou a marcar e deixou o placar em 5 a 1, encerrando a primeira etapa com domínio total dos espanhóis.

Reação Francesa Quase Muda o Roteiro

A segunda etapa trouxe um roteiro inesperado. O técnico Didier Deschamps fez alterações estratégicas, incluindo a entrada de Rayan Cherki, que mudou a dinâmica do meio-campo francês. Foi justamente Cherki quem marcou o segundo gol da França com um chute colocado da entrada da área.

A pressão aumentou, e em jogada de escanteio, a defesa espanhola se atrapalhou e Dani Vivian marcou contra, colocando o placar em 5 a 3. Faltando menos de 10 minutos, *Kolo Muani* fez seu segundo gol e reduziu para 5 a 4.

Nos minutos finais, a França dominou a posse de bola e criou chances de empate, mas esbarrou em duas defesas milagrosas do goleiro Unai Simón, que garantiu a vitória espanhola e a classificação para a final.

Lamine Yamal: Uma Estrela em Ascensão

Com dois gols marcados, presença constante no ataque e personalidade impressionante, Lamine Yamal foi eleito o melhor em campo. O jovem mostrou porque é considerado um dos talentos mais promissores da nova geração.

Além da qualidade técnica, Yamal se destacou pela leitura de jogo, pela frieza nas finalizações e pela capacidade de desequilibrar em momentos decisivos. Sua atuação já entra para a história da Nations League e reforça o processo de renovação bem-sucedido da seleção espanhola.

Análise Tática: Espanha X França

A Espanha apostou em um esquema 4-3-3 com transições rápidas e compactação entre linhas. O meio-campo formado por Rodri, Merino e Pedri controlou o ritmo do jogo no primeiro tempo, permitindo que os pontas Nico Williams e Yamal explorassem os espaços com liberdade.

A França, por sua vez, teve dificuldades na marcação e perdeu a batalha do meio-campo até o segundo tempo. As entradas de Cherki e Thuram deram novo fôlego ao ataque, mas os erros defensivos e a lentidão na recomposição custaram caro.

Próximo Desafio: Final Contra Portugal

Com a classificação garantida, a Espanha agora se prepara para a grande decisão contra Portugal, marcada para domingo em Munique. Esta será a terceira final de Nations League disputada pela Fúria — e a chance de conquistar o bicampeonato, já que a equipe venceu a edição de 2023 contra a Croácia.

Portugal chega com força máxima, liderado por nomes como João Félix, Bernardo Silva e Rúben Dias, e com sede de título, após ficar fora da final na última edição. A expectativa é de uma decisão equilibrada, com duas seleções que apostam em futebol ofensivo, intensidade e domínio da posse.

Considerações Finais

O duelo entre Espanha e França ficará marcado como um dos melhores jogos dos últimos anos na Europa. Nove gols, viradas emocionantes, talento jovem em ascensão e um roteiro digno de cinema. Para a seleção espanhola, é a consagração de uma geração renovada e cheia de potencial.

Para a França, fica a lição de que talento individual precisa estar aliado à consistência coletiva. Já para os torcedores, fica a certeza de que o futebol europeu vive um novo momento — com emoção, qualidade e surpresas.