Explosão Solar Mais Forte de 2025 Causa Apagão em 3 Continentes

Na madrugada desta quarta-feira (14), o Sol surpreendeu os cientistas com uma explosão de classe X2.7 — a mais intensa registrada em 2025 até agora. O evento gerou um blecaute de rádio em partes da Europa, Ásia e Oriente Médio, interferindo nas comunicações por ondas curtas e acendendo um alerta global sobre os efeitos da atividade solar na Terra.

A origem da erupção foi a mancha solar AR4087, uma região ativa no Sol que continua em observação por agências espaciais como a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) e a NASA. O pico da radiação foi registrado às 5h25 (horário de Brasília), e a explosão foi classificada como um “apagão R3” na escala de perturbações em radiocomunicação, indicando interferência severa.

Ejeção solar com formato curioso pode atingir o planeta

Além do blecaute, astrônomos também detectaram uma ejeção de massa coronal (EMC) associada à explosão. Esse tipo de evento ocorre quando uma grande quantidade de partículas solares é lançada para o espaço — e, neste caso, parte dessa nuvem de plasma pode atingir o campo magnético da Terra.

O mais curioso foi o formato da ejeção: os instrumentos captaram uma estrutura parecida com uma “asa de pássaro” se afastando do Sol, com mais de 1 milhão de quilômetros de extensão. Embora a maior parte do material tenha sido lançada em outra direção, cientistas estimam que a “cauda” dessa EMC pode colidir com a magnetosfera terrestre até sexta-feira (16), provocando uma tempestade geomagnética leve ou moderada.

Quais são os riscos?

Tempestades solares como essa podem gerar impactos reais no nosso dia a dia. Sistemas de navegação via GPS, voos de alta altitude, transmissões militares e redes de energia elétrica são alguns dos setores que podem ser afetados.

No caso da explosão de hoje, não houve relatos de danos significativos, mas especialistas estão monitorando o Sol de perto. Segundo a NOAA, existe cerca de 20% de chance de uma tempestade geomagnética mais forte nos próximos dias, dependendo do caminho exato da EMC.

Auroras e efeitos visuais nos céus

Apesar dos riscos tecnológicos, um efeito positivo da atividade solar intensa pode ser observado nas regiões polares: auroras boreais e austrais. O fenômeno ocorre quando partículas carregadas do Sol interagem com a atmosfera terrestre, criando luzes coloridas e dançantes no céu. Com a recente erupção, é possível que auroras sejam vistas em latitudes mais baixas do que o normal.

O que dizem os especialistas?

Cientistas da NASA e da ESA (Agência Espacial Europeia) continuam monitorando a mancha solar AR4087. Se outra erupção ocorrer e estiver alinhada com a Terra, os efeitos poderão ser mais intensos. Isso acontece em um momento crítico do chamado Ciclo Solar 25, que deve atingir seu pico de atividade nos próximos meses, aumentando a frequência desses eventos.

Conclusão

A maior erupção solar de 2025 serviu como lembrete do quanto dependemos de tecnologia e de como o espaço pode influenciar a vida na Terra. Mesmo a 150 milhões de quilômetros de distância, o Sol continua mostrando seu poder. Investir em infraestrutura tecnológica resiliente e monitoramento espacial constante é mais do que uma necessidade: é uma medida de segurança global.