Nave Espacial Soviética Lançada nos Anos 70 Deve Cair na Terra de Forma Descontrolada
Uma nave espacial soviética lançada nos anos 1970 com destino a Vênus reentrará na Terra de forma descontrolada; risco é baixo, mas cápsula pode resistir à queda.
kaua
5/3/2025
O Retorno Inesperado da Kosmos 482
A Kosmos 482 foi lançada pela União Soviética em 1972 com o objetivo de explorar Vênus. No entanto, devido a uma falha no foguete, ela não conseguiu deixar a órbita terrestre e permaneceu vagando no espaço por mais de 50 anos. Durante esse tempo, a maioria do equipamento foi destruída na atmosfera, mas acredita-se que a cápsula de pouso — um módulo esférico de aproximadamente um metro de diâmetro e pesando quase 500 kg — tenha permanecido em órbita, longe de uma destruição completa.
Agora, após mais de meio século de orbitando a Terra, a cápsula da Kosmos 482 está prestes a reentrar na atmosfera, com especialistas estimando que a reentrada ocorra por volta de 10 de maio. Com isso, surge a preocupação sobre o destino da cápsula e o que pode ocorrer durante esse evento.
Probabilidade de Impacto e Riscos
De acordo com Marco Langbroek, cientista da Universidade de Tecnologia de Delft, a probabilidade de um impacto significativo é baixa. Ele explicou ao jornal The Guardian que as chances de uma pessoa ser atingida por destroços da nave são extremamente pequenas, menores até do que ser atingido por um raio ao longo da vida. A possibilidade de o módulo atingir áreas habitadas é pequena, já que a maior parte da Terra é coberta por oceanos.
Embora não seja motivo de grande preocupação, Langbroek alertou que há uma pequena chance de que a cápsula de 500 kg sobreviva à reentrada e atinja o solo a uma velocidade de até 242 km/h, o que representaria um impacto significativo. No entanto, os especialistas acreditam que o mais provável é que a cápsula se desintegre antes de atingir o solo.
A Capacidade da Kosmos 482 de Sobreviver à Reentrada
O módulo foi projetado para suportar a intensa pressão e as altas temperaturas da atmosfera de Vênus, o que levanta a possibilidade de que ele possa sobreviver à reentrada na atmosfera terrestre. No entanto, após mais de 50 anos de permanência em órbita, é improvável que o sistema de paraquedas da cápsula ainda esteja funcionando, e o escudo térmico, que foi projetado para proteger a cápsula da queima durante a reentrada, pode ter sido comprometido.
Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsoniano de Astrofísica, sugeriu que seria ideal se o escudo térmico falhasse, permitindo que a cápsula se desintegrasse completamente durante a reentrada. Caso contrário, ele alertou para o risco de um objeto metálico pesado de meia tonelada caindo do céu.
Área de Possível Reentrada e Localização
A área de possível reentrada abrange uma vasta faixa do planeta, entre 51,7 graus de latitude Norte e Sul, o que inclui grandes cidades como Londres, no Reino Unido, e Edmonton, no Canadá, até áreas próximas ao Cabo Horn, no extremo sul da América do Sul. No entanto, dada a grande quantidade de oceanos que cobrem a Terra, a expectativa é de que os destroços da Kosmos 482 caiam no mar, onde o impacto seria minimizado.
Conclusão: A Reentrada e o Futuro dos Detritos Espaciais
A queda da Kosmos 482 é um lembrete dos desafios relacionados à quantidade de detritos espaciais em órbita e a importância de monitorá-los de perto. Apesar das chances de um impacto real serem mínimas, a reentrada de uma nave tão antiga levanta questões sobre a durabilidade de objetos no espaço e as possíveis consequências de uma falha em sistemas de proteção durante a reentrada.
Embora a probabilidade de perigo seja extremamente baixa, o caso da Kosmos 482 nos lembra de como a exploração espacial e os detritos espaciais continuam a ser um desafio crescente para as futuras gerações.
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